Tá todo mundo correndo também por aí?
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Nessa semana, a primeira do outono, a gente quer falar sobre um fenômeno que está circulando a gente por aqui há alguns meses. De uns tempos pra cá é só abrir o Instagram numa manhã de domingo e com certeza você terá ao menos um amigo que trocou uma festa noturna para acordar às 6 horas e às 7 já estava postando fotos, todo equipado, numa corrida.
A repórter Laura Budin foi investigar essa onda das práticas de corrida que se tornou um fenômeno crescente nas ruas – e nas redes sociais – com grupos e clubes de maratona que movimentam comunidades em busca daquela sensação viciante da endorfina. O prazer proporcionado por uma corridinha seduziu até mesmo o cantor Lil Nas X que fez uma aparição surpresa entre os inscritos na meia maratona de Nova York no início do mês
Hype ou Saúde?
A consultora de saúde e nutrição Bertha Jucá começou a correr em 2016 e hoje tem a companhia do namorado, o diretor criativo da marca Cotton Project e High Minded, Rafael Varandas nas corridas matinais. “[Comecei] primeiro por estética, para emagrecer e depois me fez tão bem mentalmente que não consegui mais parar.” nos contou ela, que correu a Maratona de Nova York pela primeira vez esse ano.
O fator saúde ainda parece ser o que mais pesa na decisão de correr para o stylist, criador de conteúdo e gerente de relacionamento, Vitor Christovam: ‘‘Acredito que o cenário pandêmico e pós pandêmico teve um impacto em muitas pessoas. O tema ‘rotina saudável’ tomou proporções absurdas. No dia a dia, começamos a ter ainda mais informações sobre a importância do esporte e da alimentação na prevenção de diversas comorbidades. Dentro disso, a corrida ganhou um espaço gigantesco por ser um esporte democrático e que proporciona muitos benefícios’’, relata Vitor que é corredor do projeto City Runners que combina o cenário urbano com o esporte, promovendo novas conexões e incentivo à prática.
Para Samuel da Paz, diretor criativo da iD Prod, a conclusão é a mesma: “As pessoas estão muito mais propensas a cuidar da saúde de alguma forma. Isso reflete o estilo de vida insustentável que muitos de nós estamos seguindo sem perceber. Comer mal, noites mal dormidas… Praticar um esporte traz diversos benefícios a curto, médio e longo prazo.”.
As comunidades de corredores
Um dos fatores mais sedutores da corrida é seu caráter democrático, ou seja, fácil acesso e o poder de praticá-la onde e quando quisermos, sendo as ruas o cenário ideal para a prática. Tal fator vem movimentando comunidades – inclusive de criativos e profissionais da moda – pelos arredores das grandes cidades brasileiras.
Samuel, um dos idealizadores da Disciplina Training, projeto de treinos que abraça pessoas que têm o mesmo objetivo e dificuldades na hora de praticar um esporte, cita alguma dessas comunidades em São Paulo e a importância delas no crescimento das corridas: ‘‘Eu costumo frequentar as crews City Runners (SP), PRJCT RUN (SP) e Rexpeita Crew (RJ), e fazer o cardio em grupo traz outra experiência de comunidade. Acredito que essa é uma das armas mais poderosas para proteger e desenvolver a criatividade’’.
A City Runners vêm se destacando no cenário do esporte e artístico paulista com encontros mensais que reúnem muitos dos profissionais ligados à área criativa: “O projeto City Runners está totalmente ligado à corrida na cidade. Queremos fortalecer ainda mais a relação urbana e seus vínculos com a moda, música e lifestyle. Ele é um coletivo que, através da corrida, reúne pessoas de várias frentes, culturas e vivências, fomentando novas conexões e visões através do esporte. Sendo um coletivo com um viés democrático, onde todxs podem correr, independente do pace", explica Vitor, um dos colaboradores da crew.
Marcas de olho nos novos corredores
Quando falamos de moda e corrida, um dos fatores que mais se destacam são as novas tecnologias e designs necessários para que a prática aconteça de maneira segura. Nos últimos anos, Asics e Nike são algumas das marcas que vem apostando forte no apelo estético de seus tênis e roupas de corrida para novos corredores que não abrem mão de um bom design até na hora de praticar esporte.
Jun Takahashi, da marca Undercover, por exemplo assina com a Nike a linha GYAKUSOU, dedicada a roupas de corrida que aliam a mais alta tecnologia a design e cores que parecem ter vindo direto de sua passarela da Paris Fashion Week.
Marcas de nicho como Soar ou Satisfy, onde shorts feitos em materiais nobres custam na casa dos 200 a 250 dólares (em torno de 1.250 reais) estão entre as marcas favoritas do casal Rafael e Bertha quando o assunto é roupa para correr.
Na linha High Minded, Rafael prefere uma abordagem que engloba qualidade e acessibilidade para quem deseja investir em peças de sportswear: “Por mais que eu tenha um tesão absurdo por esse tipo de produto, nossa realidade no Brasil é outra. Com a High Minded procuro fazer algo que tenha um mínimo essencial para a corrida (leveza e transpiração) e que entregue uma proposta estética compatível com o que acreditamos. Nosso shorts hoje custa R$239 e isso obviamente impacta na entrega, não existe milagre. Contudo, não estamos mirando o topo da pirâmide, estamos confortáveis em entregar algo suficiente para 90% das pessoas a um preço que consideramos justo".
Querendo ou não, é inegável o impacto positivo que o crescimento da prática vem trazendo para o cenário econômico, criativo e de wellness atual. As corridas englobam mais que o simples ato de se movimentar, mas acabam por afetar de maneira geral uma gama de setores dentro das comunidades urbanas da cidade. A prática, além de ser benéfica para a própria pessoa que escolhe se aventurar pelas ruas, esteiras e parques, também acaba por adentrar crews que alimentam esse crescimento próspero e contínuo de saúde e conexão e sua lista de adeptos ainda vai aumentar mais.
Que tênis usar?
Se você já corre ou quer começar a correr, então dá uma olhada nessa seleção de tênis de corrida que aliam performance, design e estética para correr com estilo indicados pelos entrevistados acima e pela redação do FFW.
Augusto Mariotti, fundador e editor-chefe
Além disso, aqui estão minhas indicações de conteúdos e novidades que vale saber:
*é so clicar no azul!*
Uma ação de marketing de distribuição de tênis e camisetas da Nike com a marca novata Survival na Guadalupe Store terminou em tumulto e deixou pessoas feridas em São Paulo.
De ‘‘Sour’’ à ‘‘Guts’’, a cantora Olivia Rodrigo explora sua feminilidade por meio de estéticas que guiam seu rito de passagem da adolescência para a fase adulta.
Moda em exposição: O Museu Judaico de SP recebe, a partir do dia 20 de abril, a exposição “30 anos além da Moda”, que celebra as três décadas de carreira de Alexandre Herchcovitch. O estilista filho de imigrantes judeus de segunda geração é conhecido por sua força criativa e por sempre ter trazido influências de sua identidade em seus trabalhos.
Ótimo feriado de Páscoa e nos vemos na próxima semana!
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